Parkinson
Segunda doença neurodegenerativa mais comum do mundo, o Parkinson tem como principal característica os tremores em repouso
Doença de caráter neurodegenerativo, o Parkinson se expressa com tremores que dificultam ou até impedem determinados movimentos e locomoção do paciente, além de causar rigidez articular, muscular, desequilíbrio e alterações na fala e escrita. Atualmente, é a segunda doença neurodegenerativa mais comum do mundo, ficando atrás apenas do Alzheimer, sendo que, com o envelhecimento da população brasileira, espera-se um aumento em sua incidência.
O que é doença de Parkinson?
Condição médica que afeta pessoas de ambos os sexos, principalmente acima dos 50 anos de idade, a doença de Parkinson se expressa com alterações motoras, especialmente tremores de repouso. Esse sintoma faz parte do quadro inicial de metade dos pacientes, tornando-se presente em todos eles com o avançar da doença.
Causas da doença de Parkinson
Sabe-se, atualmente, que a doença de Parkinson é causada pela degeneração das células produtoras de dopamina, que se localizam numa região do cérebro chamada “substância negra”. A principal hipótese acerca do motivo pelo qual algumas pessoas tenham essa degeneração e outras não é de que o Parkinson seja uma associação entre predisposição genética e exposição a fatores ambientais, como produtos químicos e poluentes industriais.
Sintomas do Parkinson
Os primeiros sintomas do Parkinson são identificados pelo próprio paciente, que nota dificuldade em realizar atividades motoras usuais de seu cotidiano. Metade deles inicia o quadro com tremores nas extremidades do corpo, evoluindo com rigidez e instabilidade de movimento.
Assim, de forma geral, pode-se elencar que os principais sintomas motores da doença de Parkinson são:
- Tremores ao repouso, principalmente em mãos e braços, que diminuem ou desaparecem com o movimento;
- Lentidão motora;
- Rigidez em articulações;
- Desequilíbrio.
Além desses, alguns pacientes podem desenvolver sintomas “não motores”, que incluem perda de olfato e alterações intestinais, psicológicas ou do sono.
Quando vale a pena fazer teste genético?
Estudos realizados em universidades norte americanas indicam que aproximadamente 15% dos casos de Parkinson são de origem genética, sendo que há mais de dez genes associados à doença e alguns deles estão relacionados à herança dominante. Assim, quando há indícios desse padrão genético de dominância, vale a pena fazer o teste, que poderá identificar a presença de mutações em alguns genes, como o LRRK2 ou SNCA.
Qual a importância do aconselhamento genético?
O aconselhamento genético é importante para que o próprio paciente decida se acha válido fazer o teste e saiba das vantagens e desvantagens de ter o resultado. Para isso, o médico geneticista avaliará o histórico familiar da doença e orientará o paciente sobre as possibilidades de o Parkinson ser de origem genética e de caráter autossômico dominante em sua família — dado importante para decidir a necessidade da investigação molecular.
Diagnóstico do Parkinson
Atualmente, o diagnóstico do Parkinson é feito com base na história clínica do paciente e no exame físico e neurológico. Embora os testes genéticos indiquem a probabilidade de se desenvolver o quadro, eles não são utilizados como método diagnóstico, pois não podem indicar a vigência da doença.
Já os exames de imagem, como tomografia computadorizada e ressonância magnética, podem ser utilizados em alguns pacientes para descartar outras causas para os sintomas. Tem-se também a tomografia com emissão de fóton-único, que permite quantificar a dopamina no cérebro. Mas, ainda que esse exame seja mais específico e tenha maior acurácia para o Parkinson, ele raramente é necessário para fechar o diagnóstico.
Tratamento da doença de Parkinson
O tratamento para a doença de Parkinson depende de uma série de fatores, que incluem a idade do paciente, o grau de acometimento e expectativas dele próprio e familiares. Assim, as opções disponíveis atualmente são o tratamento farmacológico, não farmacológico (fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional) e cirúrgico.
Segundo a Associação Brasileira de Neurologia, o tratamento atual mais eficaz para os sintomas do Parkinson é o uso de levodopa, sendo que na fase inicial da doença pode-se utilizar, também, outras classes de medicamentos, como anticolinérgicos, inibidores da enzima MAO-B (monoamina oxidase B) e agonistas dopaminérgicos.
Para agendar sua consulta online ou obter mais informações, entre em contato com o Dr. Carlos Leprevost (CRMSP: 158199; RE 86.412).
Fontes:
– Academia Brasileira de Neurologia. Doença de Parkinson. Disponível em: 11 de abril de 2022 – ABN – Academia Brasileira de Neurologia (abneuro.org.br). Acessado em outubro de 2022.
– Brazilian Journal of Development. Doença de Parkinson: revisão de literatura / Parkinson’s Disease: literature review. Disponível em: https://brazilianjournals.com/ojs/index.php/BRJD/article/view/29678. Acessado em outubro de 2022.
– Ministério da Saúde. Doença de Parkinson. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/doenca-de-parkinson/. Acessado em outubro de 2022.