Especialidades

Aconselhamento Genético

Orientação e entendimento sobre o diagnóstico

O que é?

Em poucas palavras, o aconselhamento genético é o processo de auxiliar as pessoas a compreender e se adaptar às implicações médicas, psicológicas e familiares decorrentes da contribuição genética para uma determinada doença, além de permitir identificar a probabilidade de uma doença genética acometer membros de uma mesma família. Através dele, é possível até mesmo orientar casais que planejam engravidar e que desejam saber se há probabilidade ou risco de transmitir à criança alguma enfermidade ou malformação.

 

Durante uma consulta de aconselhamento genético, é possível analisar todas essas probabilidades, para que o casal conheça as opções e os riscos, além das possíveis consequências para sua família, auxiliando, inclusive, nas decisões a respeito de seu futuro reprodutivo.

Qual o objetivo?

Em um aspecto geral, uma consulta com foco em aconselhamento genético possui múltiplos objetivos, que iremos descrever melhor a seguir:

  • Conhecimento do histórico médico pessoal e familiar;
  • Orientação a respeito dos testes genéticos mais recomendados para um determinado diagnóstico;
  • Tira-dúvidas e troca de informações sobre questões médicas mais complexas;
  • Explicação do médico ao paciente sobre possíveis diagnósticos, sintomas, progressão ou chances de desenvolvimento de patologias;
  • Aconselhamento a respeito de um determinado teste genético ser recomendado;
  • Orientação para mudanças no estilo de vida, tratamentos ou cirurgias de caráter preventivo;
  • Tratamento para doenças existentes;

Apoio emocional para lidar com eventuais doenças.

Você tem alguma dúvida?

Perguntas Frequentes

O diagnóstico precoce é considerado uma ação praticamente indispensável no atendimento a pacientes que possuam alguma doença genética hereditária. Portanto, o aconselhamento genético se faz tão necessário.

O genoma humano é composto de 20 mil genes e, caso haja uma informação genética defeituosa em qualquer um deles, isso pode levar ao desenvolvimento de doenças genéticas. Dentre elas, podemos citar a hemofilia, a distrofia muscular de Duchenne, a síndrome de Lynch, a síndrome de Down, o autismo e as síndromes genéticas de câncer hereditário, que multiplicam o risco de desenvolvimento de cânceres como o de mama, o do ovário, o colorretal e o de próstata.

O casal pode realizar o aconselhamento genético em qualquer fase da vida, seja antes, durante ou depois da gestação. O médico geneticista orientará sobre quais exames podem ser feitos em cada etapa.

Na figura abaixo temos um resumo desses exames, os quais discutiremos mais a fundo nesse post.

O diagnóstico precoce é considerado uma ação praticamente indispensável no atendimento a pacientes que possuam alguma doença genética hereditária. Portanto, o aconselhamento genético se faz tão necessário.

O genoma humano é composto de 20 mil genes e, caso haja uma informação genética defeituosa em qualquer um deles, isso pode levar ao desenvolvimento de doenças genéticas. Dentre elas, podemos citar a hemofilia, a distrofia muscular de Duchenne, a síndrome de Lynch, a síndrome de Down, o autismo e as síndromes genéticas de câncer hereditário, que multiplicam o risco de desenvolvimento de cânceres como o de mama, o do ovário, o colorretal e o de próstata.

 

Todo casal que planeja ter filho deve passar em consulta com o médico geneticista para avaliar os riscos genéticos e ter informações corretas sobre quais os melhores exames ou procedimentos em cada fase. Há alguns exames que podem ser realizados nessa etapa. Vamos discutir brevemente sobre cada um deles, a seguir:

  1. Teste de portadores: esse exame é realizado nos pais e identifica se eles são portadores de mutações genéticas que podem ser deletérias para seus filhos, ocasionando doenças que chamamos de recessivas. Ele é indicado para todo casal que teve um filho que veio a óbito dias ou semanas após o nascimento, sem causa identificada.
  1. Cariótipo dos pais: é um exame que avalia os cromossomos dos pais. Ele é indicado principalmente para casais que têm histórico de abortamento ou infertilidade. 
  1. Teste de câncer hereditário: é realizada a análise genética de um ou ambos os pais para saber se a família tem risco genético aumentado de ter câncer. É indicado para casais dos quais um dos pais já teve câncer ou tem histórico familiar de câncer. Esse teste permite, inclusive, caso seja positivo, escolher um embrião que não tenha a alteração genética, através do exame de PGT-M, que vamos falar a frente.
  1. Testes genéticos proativos: semelhante ao exame acima, é indicado para famílias que tenham histórico extenso de câncer ou doenças cardíacas na família. Também permite, caso seja identificada alguma alteração, que o embrião seja submetido ao exame PGT-M, para que a mutação não seja herdada pelo filho.

O diagnóstico precoce é considerado uma ação praticamente indispensável no atendimento a pacientes que possuam alguma doença genética hereditária. Portanto, o aconselhamento genético se faz tão necessário.

O genoma humano é composto de 20 mil genes e, caso haja uma informação genética defeituosa em qualquer um deles, isso pode levar ao desenvolvimento de doenças genéticas. Dentre elas, podemos citar a hemofilia, a distrofia muscular de Duchenne, a síndrome de Lynch, a síndrome de Down, o autismo e as síndromes genéticas de câncer hereditário, que multiplicam o risco de desenvolvimento de cânceres como o de mama, o do ovário, o colorretal e o de próstata.

 

Casais com histórico de abortamento de repetição, infertilidade conjugal ou que já tenham uma doença genética identificada na família podem realizar a FIV (Fertilização in Vitro), técnica na qual o embrião é fecundado fora do corpo, o que permite a análise genética antes que se faça a implantação no útero.

Os exames genéticos indicados nessa etapa são:

  1. PGT-A: é indicado quando há perdas gestacionais repetidas ou infertilidade no casal. Nesse exame, é realizado o cariótipo do embrião, podendo identificar se há alterações na estrutura ou no número. Com isso, apenas embriões com o número correto de cromossomos são implantados, aumentando consideravelmente a chance de a FIV dar certo.
  2. PGT-M: é indicado quando há uma já identificada doença genética na família. Nesse exame é possível fazer o teste genético no próprio embrião, e apenas os que não contêm o gene defeituoso são implantados.

Um aconselhamento genético durante a fase pré-natal é muito importante para detectar, ainda no útero, doenças que normalmente só poderiam ser diagnosticadas após o nascimento da criança. Os exames mais importantes realizados nessa etapa são:

  1. Ultrassonografia gestacional: pode identificar, através de análise de parâmetros como a transluscência nucal, o risco de uma criança nascer com alterações nos cromossomos (entre elas, a síndrome de Down). Atualmente, é um exame realizado em toda gestação.
  1. Amniocentese diagnóstica com cariótipo: é indicada caso a ultrassonografia e exames de sangue evidenciem risco aumentado para doenças nos cromossomos. Nessa técnica, o líquido amniótico é retirado para análise de cariótipo, que vai identificar se o bebê apresenta alguma doença cromossômica.
  1. Teste pré-natal não invasivo (NIPS/NIPT): é um exame moderno que pode ser feito por qualquer casal, no qual se retira, a partir da décima semana de gestação, uma amostra de sangue da mãe e, através dele, é feita a análise do DNA do feto. Esse é um exame de triagem cada vez mais utilizado e deve ser solicitado por um médico geneticista. O Colégio Americano de Obstetrícia recomenda que TODO CASAL FAÇA O NIPS durante a gravidez.

Também é preciso destacar que a finalidade do diagnóstico pré-natal não é somente detectar possíveis anomalias na vida fetal, mas também ser útil para precaver eventuais complicações no parto e no recém-nascido, além do preparo psicológico para os pais e a orientação de um tratamento que seja necessário quando a criança é afetada por alguma doença.

Antes de mais nada, é preciso compreender que o aconselhamento genético é um processo de comunicação entre médico geneticista e paciente.

Durante esta consulta, é levantado um histórico pessoal e familiar deste indivíduo (ou do casal). Através das informações coletadas, é possível que o especialista avalie os riscos de desenvolvimento de uma doença genética hereditária.

Em algumas situações, pode acabar sendo necessária a realização de alguns testes genéticos que confirmem uma enfermidade e o risco de recidiva na família.

São três as fases do aconselhamento genético. A primeira delas é conhecida como anamnese, uma etapa em que o paciente responde questões relacionadas a doenças hereditárias, problemas relacionados ao pré ou ao pós-natal, história do desenvolvimento neuropsicomotor, histórico gestacional ou consanguinidade na família. Tal questionário é aplicado pelo médico geneticista e é absolutamente sigiloso, de acordo com o código de ética médica, no qual todas as informações trocadas entre o médico e o paciente ficam protegidas em prontuário.

Na sequência, é o momento da realização de exame físico, avaliação psicológica e exames complementares. Neste estágio, também podem ser avaliadas fotos da infância do paciente e de sua família, para que o médico observe características que estejam relacionadas à hereditariedade.

Pode ser indicada a realização, também, de exames genéticos, como o cariótipo, MLPA, FISH, CGH-array, sequenciamento de painéis genéticos, a análise de exoma ou de genoma completo. Esse tema é abordado mais profundamente nessa página.

Por fim, há a terceira etapa do aconselhamento genético, que consiste na elaboração de hipóteses diagnósticas e sua confirmação. Esta fase é realizada com base nos resultados previamente obtidos, ou seja, as respostas do questionário e os exames aos quais o paciente se submeteu.

Aqui, o especialista pode informar à pessoa se existe alguma alteração genética que possa ser transmitida às futuras gerações e, em caso afirmativo, qual a chance de esta modificação se manifestar e gerar características da doença, bem como sua possível gravidade.

aconselhamento genético é idealmente realizado por um médico com formação de 6 anos em Medicina e mais 3 anos de residência em Genética Médica. Só assim ele passa, após uma prova de título, a ser membro titular da Sociedade Brasileira de Genética Médica e da Academia Brasileira de Medicina. Logo, é necessário no mínimo 10 anos de estudo antes de o médico estar capacitado para realizar o aconselhamento genético.

Devemos lembrar que o diagnóstico e o tratamento de doenças genéticas são de exclusividade médica. Assim, é essencial procurar o histórico de formação do profissional com quem você se consultará.

É muito importante reforçar que muitas das crianças e adultos são acompanhados pela Atenção Primária. Em outras palavras, este nível de atenção precisa estar fortemente estruturado para fornecer o tratamento, a atenção e o cuidado necessários a esses pacientes. É necessário que o nosso sistema de saúde esteja preparado para compreender as necessidades das pessoas raras.

Para entender mais sobre o aconselhamento genético, diagnóstico das doenças genéticas e ter uma gravidez saudável, envie uma mensagem agora mesmo para o Dr. Carlos LeprevostCRMSP 158199Registro de Especialista 86.412 e agende a sua consulta.

Referências:

  1. Nota Oficial: aconselhamento genético é assunto sério e complexo [Internet]: Carolina Fischinger Moura de Souz; 01 Jan 2022 [acessado em agosto de 2022]. Disponível em: https://www.sbgm.org.br/detalhe.aspx?id=1441&area=4
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